Avaliação dos níveis de fibrose decorrente do pós-operatório de cirurgias plásticas

Áurea Bretas Pinto 1
Dyene Jéssica de Aguilar Souza 1
César Augusto Maximiano Estanislau 2
Flávia Renata Santos 3
Tatiana Péret Barbosa 4

A preocupação excessiva com a aparência física tem sido apontada como um fator que acomete todos os segmentos da sociedade. Configura-se, assim, uma crescente procura por tratamentos estéticos, determinando uma franca expansão desse setor (SOARES; SOARES; SOARES, 2003; MEYER et al, 2009) . O referido campo de atuação tem despertado o interesse de vários profissionais da área de saúde, dentre eles o esteticista.

     Uma área em particular que vem despontando, nesse contexto, é a de cirurgia plástica. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), o Brasil é o país vice-campeão em cirurgias plásticas no mundo. Pesquisas têm mostrado, cada vez mais, que o tratamento após tal procedimento (pós-operatório) tem um impacto positivo na recuperação do indivíduo (SILVA, 2001; GUIRRO & GUIRRO, 2002; LISBOA et al, 2003; FERNANDES et al, 2009). Por meio de diferentes recursos, manuais e mecânicos, é possível promover uma significativa melhora no quadro clínico resultante das cirurgias plásticas (LOPES et al, 2006; ALTOMARE & AMADEU, 2008).

    Muitas são as manifestações clínicas decorrentes do pós-operatório de cirurgias plásticas. Sinais e sintomas como dor, edemas, hematomas e equimoses são comuns entre os pacientes pós-operados e estão bem descritos na literatura científica (GUIRRO & GUIRRO, 2002; SOARES; SOARES; SOARES, 2003). Uma outra manifestação clínica é a fibrose, que, até o momento, vem sendo caracterizada, na literatura científica, por sinais como: diminuição da extensibilidade da pele, tecido endurecido, irregular e dolorido (ALTOMARE & AMADEU, 2008). Essas características conferem um aspecto que gera bastante incômodo, sobretudo estético ao paciente pós-operado.

   Sabe-se que, como as outras manifestações citadas, a fibrose é comumente observada e palpada em pacientes pós-operados de diferentes cirurgias plásticas. Contudo, os estudos que a apontam como manifestação comum em pacientes pós-operados, restringem-se às lipoaspirações (MEYER, 2003; FERNANDES et al, 2009; MACEDO & XAVIER, 2009), havendo poucos relatos científicos acerca desta ocorrência em outras cirurgias plásticas. Isso justifica a realização de estudos que contemplem uma maior diversidade de casos, e façam uma abordagem mais sistematizada.

    Sabe-se, também, que a avaliação minuciosa do paciente é requisito imprescindível para se propor um tratamento adequado a cada caso (MACEDO & XAVIER, 2009). Acredita-se que, somente assim, será possível indicar as técnicas manuais e os recursos mecânicos apropriados para tratar a fibrose, de acordo com seu grau de evolução e localização, em cada paciente avaliado. Antes de se tratar a fibrose, é necessário, portanto, que se faça uma avaliação criteriosa da mesma. Deste modo, o objetivo desta pesquisa foi avaliar os níveis de fibrose encontrada nos pacientes encaminhados ao Centro Universitário Newton Paiva.

Texto completo, Revista Iniciação científica 2010/2011: http://newtonpaiva.br/uploads/imagens/bab41712f0931853dea7a29c49841fb640aaca02.pdf